I am a tooltip

Um time da Liga Principal de Beisebol dos Estados Unidos está fazendo uma campanha de apoio à comunidade LGBTQ+, mas alguns jogadores decidiram ficar de fora, por causa de seus princípios cristãos.

O Tampa Bay Rays, um time sediado na Flórida, confeccionou camisetas e bonés com o logo do arco-íris para o evento “Noite do Orgulho Gay” no Tropicana Field, o estádio do time.

Mas nem todos os jogadores queriam ser incluídos na campanha e optaram por usar o uniforme padrão. Entre eles, estão os arremessadores Jason Adam, Jalen Beeks, Brooks Raley, Jeffrey Springs e Ryan Thompson.

Adam, escolhido para falar em nome dos jogadores que optaram por não participar, disse que era principalmente uma questão de crenças religiosas.

“Muito disso se resume à fé, é uma decisão baseada na fé”, disse Adam. “Então é uma decisão difícil.”

O jogador disse que os atletas chegaram ao consenso de que “todos são bem-vindos e amados”, mas há um peso diferente quando carregam a mensagem LGBTQ+ em seus corpos.

“Muitos dos caras decidiram que é um estilo de vida que talvez — não que eles menosprezem alguém ou pensem de maneira diferente — talvez não queremos incentivar, se cremos em Jesus, que nos encorajou a viver um estilo de vida que se abstenha desse comportamento, assim como [Jesus] me encoraja como homem heterossexual a me abster do sexo fora dos limites do casamento. Não é diferente.”

Adam continuou lembrando que os jogadores cristãos não estão julgando os homossexuais e nem olhando para a comunidade LGBTQ+ com menosprezo.

“É exatamente o que acreditamos ser o estilo de vida que Ele nos encorajou a viver, para o nosso bem, não para nos conter. Mas, de novo, amamos esses homens e mulheres, nos preocupamos com eles e queremos que se sintam seguros e bem-vindos aqui”, finalizou.

Os funcionários do Rays teriam preferido a participação total dos atletas, mas também sentiram que era importante dar aos jogadores a escolha, vendo isso como um exercício “opcional”.

Segundo o jornal Tampa Bay Times, o tema não provocou nenhuma divisão interna entre jogadores e administração do time.

“Eu certamente espero que não”, disse Kevin Cash, manager do time. “Acho que o isso criou foi o que você ouviu – muita conversa e valorização das diferentes perspectivas dentro do clube, mas realmente apreciando a comunidade que estamos tentando apoiar aqui.”

Os Rays tem sido ativos nos apoio LGBTQ+ de várias maneiras, sendo o primeiro time profissional a assinar um amicus brief para a Suprema Corte dos EUA, apoiando o casamento entre pessoas do mesmo sexo e se juntando à campanha “It Gets Better” para combater o bullying juvenil.

No sábado, os Rays incluíram membros da comunidade LGBTQ+ em eventos pré-jogo, distribuíram mini bandeiras de orgulho gay para o público e fizeram uma doação de US$ 20.000 para a Metro Inclusive Health, que fornece diversos serviços de saúde e bem-estar para a comunidade gay.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *