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De acordo com a pesquisa “Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet”, realizada pela ChildFund Brasil, foi possível identificar que, de todos os adolescentes ouvidos pelo estudo, cerca de 8.500, 94% afirmaram não saber como proceder diante de situações de risco de violência sexual online, mas indicaram que a reação mais comum é o bloqueio de perfis suspeitos, em vez da formalização de denúncias, o que contribui para a subnotificação do problema e dificulta ações mais efetivas de combate à violência.

Em 2024, o Brasil foi o quinto país que mais denunciou páginas online que distribuíam conteúdos de abuso sexual infantil, segundo relatório da International Association of Internet Hotlines (INHOPE), rede internacional de organizações que combatem o abuso sexual infantil online. No total, mais de 48 mil páginas foram denunciadas e compartilhadas pela SaferNet com a organização, ficando atrás somente de países como Alemanha, Holanda, Reino Unido e Bulgária, que lidera a lista com mais de 1 milhão e 600 mil páginas denunciadas, somente em 2024.

Adolescente com celular no quarto escuro (Foto: Canva Pro)

Para o diretor de país do ChildFund Brasil, Mauricio Cunha, é necessário que pais, familiares e cuidadores estejam atentos a o que crianças, adolescentes e jovens fazem no ambiente on-line, a fim de prevenir a violência sexual on-line. “Entender as tendências é uma forma de conseguir agir. O ChildFund Brasil defende que a proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual deve ser promovida por meio da educação digital voltada para pais e adolescentes sobre os riscos on-line; monitoramento parental ativo, associado a diálogos constantes com os adolescentes e, principalmente, a implementação de mecanismos que favoreçam a proteção integral no ambiente digital, indo além de medidas paliativas”, declara Mauricio.

Outro ponto de destaque divulgado na pesquisa foi que, com o aumento da idade dos adolescentes, cresce também o tempo de uso da internet e a variedade de aplicativos, elevando, em até 1,3 vezes, o risco de violência on-line para jovens de 17 e 18 anos em comparação aos de 15.

Mecanismos de Segurança On-line

Um dos métodos mais recomendados pelo ChildFund Brasil para prevenir abusos sexuais on-line é a partir do controle parental sobre o que crianças e adolescentes fazem na internet. Dentre os estudantes entrevistados, foi possível analisar uma discrepância entre os que estudam em escolas particulares e privadas. O estudo identificou que, o controle digital por pais alcança 40% dos adolescentes de escolas privadas e apenas 24% dos adolescentes de escolas públicas.

Aliado ao combate contra violência sexual on-line de crianças e adolescentes, lançamos, gratuitamente, o curso SafeChild, com o objetivo de orientar o público infantojuvenil, pais, professores e cuidadores sobre como identificar perigos e se proteger contra os vários tipos de crimes e abusos que ocorrem no ambiente on-line.

 

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